ótimos em prever o futuro”, disse Tim O’Reilly, fundador da O´Reilly Media, durante o evento Ignite 4, realizado em Boston na semana passada. Mas o pioneiros da web 2.0 não falava de criminosos que lesam pessoas, empresas e governos pela internet. O’Reilly fazia referência àquelas pessoas que experimentam com software e hardware em os modificam por hobby. Para ele, as start ups do Vale do Silício perdem feito para a critividade dessas pessoas, que desenvolvem novas tecnologias pelo puro prazer de fazer isso. Deu como exemplo programadores que mixaram dados de diferentes sites para criar aplicativos e serviços antes mesmo de empresas pontocom fazerem isso.
O’Reilley está ele próprio de olho no trabalho de alguns hackers que estão trabalhando com hardware e inteligência coletiva. Um deles é o Quake Catcher Network, que usa sensores de laptops comuns em rede para detectar terremotos. “Estamos nos dirigindo para um futuro no qual as pessoas digitarão em teclados para orientar programas de inteligência coletiva”, disse ele. Mas o empresário quer ver tais tecnologias aplicadas a questões mais sérias, como as alterações climáticas. Para reforçar seu ponto de vista, citou ao final da sua palestra um trecho do poema The Man Watching, de Rainer Maria Rike: “Vencer não é o que atrai aquele homem. / É assim que ele cresce: sendo derrotado, decisivamente, / por seres constantemente melhores”.
A capa eletrônica da Esquire aponta o futuro da mídia
A edição de outubro da revista americana Esquire chegou às bancas hoje com uma novidade para os leitores: uma capa eletrônica. A mensagem no display diz: “O século 21 começa agora”. A tecnologia da empresa E Ink usa micro-cápsulas de tinta controladas por uma bateria, que dura 90 dias. É a mesma do leitor de livros eletrônicos Kindle, da Amazon. A edição especial é limitada a 100 mil unidades. A Esquire é a primeira grande publicação do mundo a testar a tecnologia seriamente, e isso já rendeu mais interesse de anunciantes pela revista. O blog The Dastardly Report destrinchou o mecanismo, uma placa com seis baterias e duas telas e publicou uma foto:
Espera-se que no próximo ano outras publicações impressas já comecem a empregar a tinta eletrônica comercialmente e, assim, moldar o futuro da mídia. Confira abaixo um vídeo da capa moderníssima:
Bill Gates prevê o futuro, de novo
Bill Gates gostou de dar uma de visionário. Até escreveu o livro A Estrada à Frente há alguns anos. Quando deixou o dia-a-dia da Microsoft para ser apenas seu presidente de conselho, em junho, podia-se pensar que ele ficaria longe dos holofotes. Ontem, na comemoração do 10º aniversário do centro de pesquisa asiático da companhia, na China, o geninho de Seattle mostrou que vai continuar com as suas previsões:
INTERAÇÃO: “a tecnologia que está sendo desenvolvida hoje vai permitir às pessoas interagirem cada vez mais com as máquinas, seja por toque, voz ou visão”.
INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL: “vocês podem vir a ver inteligência artificial em robôs, mas isso ainsa está muito no começo”.
ONLINE: “o crescente presença online das pessoas vai aumentar a gama de serviços oferecidos aos usuários, que terão acesso a vários produtos e informações”.
CUSTOS: “as máquinas terão uma capacidade de processamento e armazenamento cada vez maior, a custos cada vez mais baixos”.
SOFTWARE: “essa nova realidade vai permitir criar programas de computador mais ambiciosos”.
QUANDO: “tudo isso deve chegar ao público em dez anos”.
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Não precisa ser um Gates para pensar nessas coisas, precisa?
Dez carros-conceitos de tirar o fôlego
Com o preço do barril de petróleo nas alturas, a indústria automobilística finalmente resolveu investir em novos formatos e em modelos. Mas as montadoras ainda têm de se preocupar com o mercado na hora de bolar os carros do futuro. Já os estudantes de design podem deixar a imaginação voar mais alto. Foi o que os alunos do Royal College of Art fizeram. O instituto britânico tem tradição em design de veículos. Desde 1967, ensina a futura geração de designers a pensar automóveis. De lá, alguns saíram para integrar as equipes da Ford, Volvo e Mazda. Suas idéias podem estar longe de serem concretizadas, mas certamente são de tirar o fôlego. E, com certeza, irão influenciar os modelos que você irá dirigir em alguns anos. Confira:
AIRFLOW: o francês Pierre Sabas criou um automóvel feito inteiramente de vidro para dar aos ocupantes uma nova percepção do mundo a sua volta.
LEXUS NUANERO: o sueco Jon Radbrink também é um fã de vidro. O material compõe boa parte do seu modelo, que roda com um motor a gás e eletricidade. A idéia é criar um efeito de camadas para dar uma sensação de transparência a quem está lá dentro.
SENSES: o espanhol Arturo Peralta Nogueras não se deixou limitar pela tecnologia existente. Nada do que foi pensado por ele existe hoje. O seu conceito funciona com um combustível a base de algas e tem o exterior composto por um “holograma sólido”. Tem ainda inteligência artificial, e o interior se dapata ao ambiente, passageiros e cenários.
MY LOUNGE: o italiano Ilaria Sacco propôs uma nova forma de consumir carros ao permitir um alto grau de personalização do modelo, que permite aos ocupantes escolher tudo que vai dentro dele, como se estivessem decorando a própria casa.
IOMEGA: o modelo de Joonas Vartola desafia os limites entre um veículo e uma cápsula de relaxamento. Com um exterior inspirado em um cisne, seu modelo tem compartimentos separados para o motorista e os passageiros.
ENIGMA: o modelo de Paul Howse é uma nova definição de luxo e exclusividade. Movido a eletricidade obtida a partir do sol. O compartimento do passageito usa levitação magnética para ficar isolado do resto do veículo.
CHAMALEON: o sul-coreano Dong Kyu Kim buscou inspiração na moda. O seu carro é assimétrico, porque nunca será perfeito, “assim como um bom vestido”. Tecnologia paramagnética permite que ele mude de cor para combinar com a roupa do condutor.
SOFT VEHICLE: a espanhola Raquel Lopez imaginou um automóvel feito de espuma. O assento é rodeado de “esferas de gelatina” capazes de absorver impactos. O porta-malas abre com um zíper. A idéia é que carros macios são carros seguros.
PHOENIX: o espanhol Sergio Loureiro Da Silva criou um modelo de máxima eficiência. Tem uma turbina dianteira e um motor elétrico atrás. A idéia é a de uma motocicleta com um carro lateral, bem na linha das corridas de Guerra nas Estrelas.
TRANSFORM: Yun Woo Jeong tem um topo elástico e transparente que pode ser moldado na forma que o condutor desejar. Ele buscou inspiração nos bonecos Transformers com que brincou na infância para dar asas a imaginação do dono de seu modelo. Lúdico, não?!
A bicicleta do futuro será minimalista?
Qual será a bicicleta em que seus netos irão pedalar? O designer Bradford Waugh tem uma resposta: a Nulla, uma forma de dizer “nada” em italiano. Sem os tradicionais raios, o modelo usaria um sistema que aciona as rodas diretamente. Como você pode ver na imagem acima, isso cria um visual bem estiloso e minimalista que faz jus ao nome. Trata-se de um conceito, por enquanto. Mas é uma pista do que pode vir por aí nos próximos anos.
O supermercado de amanhã, hoje
Um supermercado na Alemanha está testando várias novas tecnologias para transformar completamente a experiência de ir às compras.
CELULAR: basta instalar um programa gratuito que transforma o aparelho em um assistente de compras. A câmera fotográfica vira um leitor de código de barras que registra o que você coloca no carrinho.
FREEZER INTELIGENTE: todos os pacotes do freezer tem um microchip. Quando retirados, o supermercado sabe disso e calcula quantos restam.
INTERATIVIDADE: na peixaria, há uma projeção de peixes nadando. Os clientes devem tentar pisar no peixes, que reagem aos movimentos e fogem.
DEGUSTAÇÃO: um cartão é inserido na área de amostras grátis para desgustar até 16 marcas. Mas cada cliente só pode tomar seis copinhos a cada visita.
ROBÔ: Roger, o robô do supermercado perambula pela loja explicando as novas tecnologias para os clientes.
HORA DE PAGAR: como todos os produtos foram escaneados com o celular, basta encerra a compra que ele gera um código de barras na tela. Este código é colocado num leitor e o pagamento é feito com dinheiro ou cartão de crédito. Em breve, será possível fazer o pagamento diretamente pelo celular por ondas de rádio.
Para ver como funciona, clique na imagem abaixo para assistir ao vídeo abaixo da BBC, em inglês:
Fique mais forte com Hal, a roupa do futuro
A empresa japonesa Cyberdyne apresentou uma roupa rob[otica capaz de aumentar a força de seu usuário de duas a dez vezes, de acordo com o modelo usado. A idéia é tornar mais fácil a vida de idosos e deficientes físicos. Chamada Hal, a estrutura robótica tem sensores que percebem os movimentos do corpo e os imita. Ela não gera um peso adicional para quem a usa, póis ela suporta o próprio peso. A bateria tem duração de cinco horas. Numa demonstração, um homem sozinho conseguiu carregar dois sacos de arroz. Com a roupa, foi possível levantar três sem esforço. Segundo o site, o produto já está à venda (só no Japão). Mas a empresa já abriu um escritório na União Européia e, em breve, espera vender a novidade por lá também. A Cyberdyne avisa que a roupa foi criada para ser usada dentro de ambientes fechados, mas que já fez testes em áreas abertas, até mesmo para escaladas. Nada mais futurístico, não?
Escaneando o futuro
Tem site pra tudo na internet hoje em dia. Um dos mais curiosos é o Future Scanner, um agregador de previsões para o futuro. A página traz artigos publicados pela rede sobre o desenvolvimento de novas tecnologias. Algumas são interessantes, como uma nova droga que combate o envelhecimento do cérebro ou tranformar radioação em eletricidade com nanotecnologia. Outras são meio absurdas ou pouco plausíveis, para dizer o mínimo, como o elevador espacial da foto ai abaixo.
O site tem uma navegação interessante. Você pode ver novidades de acordo com a área de estudo (biotecnologia, comunicação, energia etc) ou pelos anos em que as engenhocas devem ficar prontas - neste caso, a melhor é a categoria beyond (além em inglês), ou seja, tecnologias tão futurísticas que sequer têm prazo para virarem realidade. Quer conferir? Vai aqui.
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